As redes sociais ocupam hoje um lugar especial na vida do
evangelizador que deseja comunicar a Boa-Nova de Jesus Cristo a todos no
contexto da cultura em que vive, cumprindo o mandato de Jesus a seus apóstolos
e discípulos, antes de subir aos céus: “Ide e pregai o Evangelho a todas as
nações” (Mt 28,15). Este é o elemento constitutivo da Igreja, que nasce
comunicadora por desejo explícito de Jesus Cristo Ressuscitado, o verdadeiro
comunicador do Pai. Por ser a Igreja comunicadora, não pode ignorar o contexto
cultural em que se situa; por isso, é importante entender a cultura gerada
pelas novas tecnologias, que vem provocando novos sujeitos e novas formas de
relações. .
O Papa falou da importância da comunicação para a Igreja, . Nas
últimas décadas, analisou, os meios de comunicação evoluíram muito, mas a
solicitude permanece, assumindo novas sensibilidades e formas.
Pouco a pouco o panorama da comunicação foi-se tornando, para
muitos, um «ambiente de vida», uma rede onde as pessoas comunicam, alargam as
fronteiras dos seus conhecimento e das suas relações. Sublinho sobretudo estes
aspectos positivos, apesar de todos estarmos cientes dos limites e fatores
nocivos que também existem.
Neste contexto, independentemente das tecnologias, a comunicação
na Igreja deve ter como objetivo inserir-se no diálogo com os homens e as
mulheres de hoje, para compreender as suas expectativas, dúvidas, esperanças.
São homens e mulheres por vezes um pouco desiludidos por um
Cristianismo que lhes parece estéril, com dificuldade precisamente em comunicar
de forma incisiva o sentido profundo que a fé dá. Com efeito, analisou o
Pontífice, assistimos hoje, na era da globalização, a um aumento da desorientação,
da solidão, a dificuldade em tecer laços profundos. Assim, é importante saber
dialogar, entrando, com discernimento, também nos ambientes criados pelas novas
tecnologias, nas redes sociais, para fazer emergir uma presença que escuta,
dialoga, encoraja.
“Não tenhais medo de ser esta presença, afirmando a vossa
identidade cristã ao fazer-vos cidadãos deste ambiente. Uma Igreja companheira
de estrada sabe pôr-se a caminho com todos!”, encorajou o Pontífice
Esta presença é necessária para levar ao encontro com Cristo. A
Igreja é capaz disto?, questionou o Papa. “Também aqui no contexto da
comunicação, é preciso uma Igreja que consiga levar calor, inflamar o coração.
Temos um precioso tesouro para transmitir, um tesouro que gera luz e esperança.
E há tanta necessidade disso!”, afirmou, alertando para uma cuidadosa e
qualificada formação de sacerdotes, religiosos, religiosas e leigos.
È
importante a atenção e a presença da Igreja no mundo da comunicação, para
dialogar com o homem de hoje e levá-lo ao encontro de Cristo, na certeza,
porém, de que somos meios e que o problema fundamental não é a aquisição de
tecnologias sofisticadas, embora necessárias para uma presença atual e válida.
Esteja sempre bem claro em nós que o Deus em quem acreditamos, um Deus
apaixonado pelo homem, quer manifestar-Se através dos nossos meios, ainda que
pobres, porque é Ele que opera, é Ele que transforma, é Ele que salva a vida do
homem.

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